Lagostins de água doce na Ribeira da Fraga
Até ao Verão de 1975
nunca ouvi falar de lagostins nos rios portugueses. Nessa altura, apareceu um amigo
no café que diariamente frequentávamos com uma travessa cheia de lagostins para
acompanhar as cervejas que habitualmente bebíamos. Segundo nos informou, teriam
sido capturados nas valas do baixo Mondego, na zona de Montemor-o-Velho.
Nas ribeiras de Mortágua,
nunca constou que existissem.
Posteriormente fomos
tendo conhecimento do aparecimento de lagostins em muitos rios do nosso país, onde
teriam sido introduzidos a partir de Espanha.
Sabemos hoje que foram
introduzidas, pelo menos, duas espécies:
- O lagostim-vermelho-da-Luisiana
– Procambarus clarkii – originário do sul dos EUA e nordeste do
México, e que apresenta grande capacidade de adaptação mesmos ás condições mais
extremas.
- O lagostim-sinal - Pacifasciatus
leniusculus.
Existe.também uma espécie
nativa de Portugal,
o lagostim-de-patas-brancas - Austropotamobius
pallipes. Esta espécie que não consegue competir com as espécies invasoras, por características
menos favoráveis, além de ser sensível a um fungo transmitido por elas – o Aphanomyces
astaci.
Não tenho noção da
difusão de lagostins na Ribeira da Fraga, mas consegui fotografar alguns junto
à ponte que existe ao fundo do Parque
Urbano.
Não tenho conhecimentos
que me permitam classificar qual é a espécie presente, mas deixo aqui o meu
testemunho fotográfico
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