domingo, 13 de junho de 2021

 

Lagostins de água doce na Ribeira da Fraga

 

Até ao Verão de 1975 nunca ouvi falar de lagostins nos rios portugueses. Nessa altura, apareceu um amigo no café que diariamente frequentávamos com uma travessa cheia de lagostins para acompanhar as cervejas que habitualmente bebíamos. Segundo nos informou, teriam sido capturados nas valas do baixo Mondego, na zona de Montemor-o-Velho.

Nas ribeiras de Mortágua, nunca constou que existissem.

Posteriormente fomos tendo conhecimento do aparecimento de lagostins em muitos rios do nosso país, onde teriam sido introduzidos a partir de Espanha.

Sabemos hoje que foram introduzidas, pelo menos, duas espécies:

- O lagostim-vermelho-da-Luisiana Procambarus clarkii – originário do sul dos EUA e nordeste do México, e que apresenta grande capacidade de adaptação mesmos ás condições mais extremas.

 - O lagostim-sinal - Pacifasciatus leniusculus.

 

Existe.também uma espécie nativa de Portugal,

lagostim-de-patas-brancas - Austropotamobius pallipes. Esta espécie que não consegue competir com as espécies invasoras, por características menos favoráveis, além de ser sensível a um fungo transmitido por elas – o Aphanomyces astaci.

 

Não tenho noção da difusão de lagostins na Ribeira da Fraga, mas consegui fotografar alguns junto à  ponte que existe ao fundo do Parque Urbano.

Não tenho conhecimentos que me permitam classificar qual é a espécie presente, mas deixo aqui o meu testemunho fotográfico

 








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