Voltando à questão do padrinho de Lopes d’Oliveira
Há algum tempo demonstrei neste blog que eram erradas
as afirmações feitas em muitas publicações, algumas com responsabilidades
inerentes à sua condição, referentes ao padrinho de José Lopes de Oliveira.
Utilizei para isso declarações feitas pelo próprio em artigos publicados no
jornal Defesa da Beira.
Hoje volto ao assunto porque tive acesso ao assento de
baptismo de José Lopes de Oliveira que confirma quem eram o seu padrinho e a
sua madrinha. Para além disso informa-nos que a sua data de nascimento é 27 de
Dezembro de 1881, e não 25 de Dezembro, como vem referido em muitas
publicações.
Passemos à reprodução do documento, que transcrevemos para letra de imprensa para mais fácil leitura.
Neste livro, que numero e rubrico se devem lançar os
assentos dos Baptismos que se fizerem na freguesia de Mortagua no futuro anno
de 1882. Couto do Mosteiro, 24 de Dezembro de 1881 e um.
O Arcipreste Joaquim Ferreira de Mattos
Examinando e conferindo estes assentos, e não encontrando
nelles falta que altere a essencia da lei, aprovo-os. Ventosa do Bairro, 15 de
Janeiro de 1883
O Arcipreste Jose Maria da Conceição Leite
O Arquivo Distrital de Viseu dá-nos alguma informação adicional sobre
o padrinho:
2.º Ofício Notarial de
Mortágua
José Martins Pereira (escrivão e tabelião do Juízo
ordinário do Julgado de Mortágua, na Comarca de Stª Comba Dão, carta de
1854-02-13 - 1854-02-13, Registo Geral de Mercês, D. Pedro V, liv.4, fl.24v).
O que condiz com as informações que nos dá Lopes de Oliveira num artigo intitulado Mortágua dos tempos idos -3, publicado a 7 de Dezembro de 1958 no jornal Defesa da Beira, em que descreve os moradores da vila de Mortágua por volta de 1890:
José Martins Pereira, tabelião e escrivão do Julgado, solteiro, que vivia com seu irmão, o velho marinheiro, com sua criada Constança e um sobrinho desta, que tinha então oito anos, o mesmo que é agora o nosso octogenário informador…
Da madrinha Constança Maria, nada mais encontramos para além da notícia do
seu falecimento em 1930:
Da mãe de Lopes de Oliveira, e minha
bisavó, Maria Adelaide Oliveira deixo aqui a fotografia que tirou no Brasil,
quando esteve com as filhas.
De João Lopes, não conheço
fotografias e só o imagino pela descrição de Lopes de Oliveira no início do
livro Rema Sempre
Rema Sempre, era o seu lema de vida.
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